O conjunto de condutores, equipamentos e aparelhos que tem como intuito modificar os níveis de energia para uma melhor distribuição da corrente elétrica em tensões adequadas aos consumidores finais é chamada de subestação.
As subestações também garantem proteção e economia da energia elétrica, compensando os reativos de potência, gerindo o fluxo e possibilitando o uso de rotas alternativas.
Para o consumidor, isso significa o recebimento da tensão elétrica sem riscos nem gasto de energia excessivo por excesso de voltagem.
As subestações variam em sua função, tipo de instalação e nível de tensão.
São as subestações mais próximas dos geradores de energia, a primeira subestação a “refinar” a tensão que provém das usinas elétricas. Sua função é aumentar a tensão para diminuir a corrente, transmitindo a energia com perdas reduzidas.
São as subestações entre a geração e a distribuição, mantendo a tensão.
Seu objetivo é isolar sistemas, seccionar circuitos e fazer a conexão entre as subestações de distribuição e as centrais de transmissão.
Essas subestações são responsáveis por baixar a classe de tensão e pela distribuição de energia a grandes transformadores de distribuição ou subestações consumidoras.
São subestações geralmente instaladas em propriedades privadas, alimentadas por tensão média e que possuem transformadores que baixam a tensão, restringindo a corrente ao nível adequado de uso.
Veja abaixo os tipos de instalação:
As subestações externas ficam expostas às ações e intempéries naturais como calor, vento, chuva, poluição, entre outros.
Por isso, demandam manutenção frequente e uso de equipamentos mais resistentes, como à prova d’água por exemplo, ou que devam ser substituídos com alguma frequência.
As subestações abrigadas normalmente são encontradas próximas ao centro de carga.
Como o nome sugere, elas são abrigadas das ações naturais em construções dentro de edificações ou por câmaras subterrâneas.
Por se tratar de níveis de alta tensão, as subestações blindadas necessitam que todos os seus equipamentos e componentes sejam protegidos por invólucros metálicos e usam o gás hexafluoreto de enxofre (SF6) como isolador.
Veja os principais níveis de tensão:
Os níveis de tensão inferiores a 1kV compõem as subestações de baixa tensão de operação.
Níveis de tensão que variam entre 1 e 34,5 kV compõem as subestações de média tensão de operação.
Os níveis de tensão variantes entre 34,5 e 230 kV fazem uma subestação de alta tensão.
Níveis de tensão em qualquer valor superior a 230 kV fazem uma subestação de altíssima tensão.
A partir das normas regulamentadoras NR10 e NBR14039, ambas referentes à instalações elétricas, estabeleceu-se que as subestações devem possuir alguns componentes básicos:
* Disjuntores de baixa e média tensão;
* Quadros elétricos;
* Para-raios;
* Transformadores;
* Banco de capacitores;
* Barramentos e isoladores;
* Chaves seccionadoras;
* DPS (dispositivo de proteção contra surtos);
* Malhas de aterramento;
* Muflas;
* Condutores.